PALAVRA DO DIA: APRENDER
Esta semana ao estar em companhia de uma linda
menina de 09 anos vivi momentos lindos e simples de uma criança.
Comprar guloseimas, conversar sobre desenhos e
sobre os amiguinhos da escola, sentar no chão, brincar com diversos jogos e
mencionar termos da minha infância me fez lembrar as sábias palavras de Nietzsche:
“Acreditamos que os contos e os brinquedos são coisas da infância. Como temos
vista curta! Como poderíamos viver, não importa em que idade da vida, sem
contos e sem brinquedos! É verdade que damos outros nomes a tudo isso e que
consideramos de outra forma, mas essa precisamente uma prova de que é a mesma
coisa! - pois a criança ela também considera seu brinquedo como um trabalho e o
conto como uma verdade. A brevidade da vida deveria eliminar a separação
pedante das idades - como se cada idade trouxesse algo de novo - e caberia a um
poeta nos mostrar um dia o homem de duzentos anos de idade, que vivesse
realmente sem contos e sem brinquedos.”
Aprender: foi esta a palavra que me encantou
ao estar com uma criança. A vida está sempre nos ensinando e nós estamos sempre
aprendendo, não é assim que falamos? Mas será que estamos aprendendo na vida e
com a vida?
Procurei então, entender primeiramente
a origem etimológica da palavra aprender: se
origina em prae-, “à frente”, mais hendere,
relacionado a hedera, “hera”, já que essa planta trepadeira se agarra,
se prende às paredes para poder crescer. Da origem da palavra compreendi sobre
crescimento e posteriormente constatei através dos momentos passados que
aprender requer renúncia e disposição: a renúncia de aprender com o outro e a
disposição de estar com este outro.
... E o dia foi passando entre renúncia e disposição, entre
andar de mãos dadas no centro da cidade, entre os brinquedos e as palavras de Nietzsche, em APRENDER a ‘agarrar’ as oportunidades destes
movimentos que por mais simples que sejam, tornam os nossos dias tão mais vivos!
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